Sangue e Rosa na Zé Pereira
Nosferatu bebe traçado
Imaginem que navio que levava o Conde Drácula, quer dizer, Orlok (perguntem ao Murnau porquê), a Londres pegasse uma rebarba da calmaria de Cabral e ele viesse dar no Rio de Janeiro dos anos 30? Os capixabas Diego Scarparo e Henrique Gomes foram além de imaginação no curta “Sangue e Rosa”, que acaba de sair da ilha de edição. “É meio colagem, meio animação, acho que deu o recado expressionista-circo-mambembe da história”, conta o primeiro. Na mistura, tem marionetes, atores de verdade, cenas do Rio de hoje e de arquivo.
Pro Diego, “Sangue e Rosa” acabou ficando parecido também com outro filme do Murnau, “Fausto”, com um toque carioca: “Juntando aquele clima de década de início de século XX, prostitutas chamadas de ‘moças francesas’, romance nos morros, malandros com navalhas, o próprio Rio testemunhando tudo enquanto personagem onisciente e preguiçoso, tudo junto numa montagem escrota de uma realidade mal maquiada”, diz. Bom, rola uma surpresa que a gente não vai entregar também.
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